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“Numa era em que vivemos online, sempre ligados, em que vivemos num ritmo acelerado, em que parar é visto como uma «perda de tempo», o sono é desvalorizado. Quem dorme mal ou pouco, só pára para refletir sobre esta área que influencia grandemente a sua saúde, quando o corpo chega ao limite e diz basta. Por isso, enquanto não entendermos o sono como o suporte de todo o nosso bem-estar, como um momento de intensa atividade como tem vindo a provar a nova ciência, que é necessário para restabelecer energias, e ser produtivo, criativo e realmente  estarmos conectados a nós mesmos e aos outros durante o dia, vamos continuar exaustos e doentes.

De forma a combater este desrespeito pelo sono, foi criado o World Sleep Day (WSD) que este ano se comemorou
a 16 de março. É um evento anual que chama a atenção para questões importantes relacionadas com o sono, motivando profissionais de todo o mundo a criar eventos que sensibilizem para este tema tão importante para a nossa saúde. O foco do WSD é expandir o conhecimento sobre muitos aspetos dos problemas do sono, promovendo
a prevenção e informando sobre como solucionar os distúrbios do sono. O World Sleep Day 2018 incorpora o slogan: «Junte-se ao mundo do sono, preserve os seus ritmos para aproveitar a vida», com o objetivo de enfatizar a importância dos ritmos circadianos no sono saudável e inspirado pelo recente Prémio Nobel de Fisiologia
ou Medicina, atribuído a três pesquisadores que dedicaram a estudar este tema e fizeram descobertas sobre os
mecanismos moleculares que controlam o ritmo circadiano. Este ano, em Lisboa realizou-se um evento importante
no Dia Mundial do Sono, organizado pela Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do sono – o II Encontro Latino-Americano de Cronobiologia e Medicina do Sono, que além do painel de oradores de extraordinário prestígio internacional, contou com a presença de palestrantes nacionais de múltiplas áreas convergentes na ciência e medicina do tempointerno e do sono. 

A investigação sobre o sono tem evoluído muito nos últimos anos, bem como as respostas médicas e psicológicas aos distúrbios do sono, por isso já não há razão para não procurar ajuda se dorme mal. Cuide de si, cuide do seu sono!”